Fentanil no Fantástico
A maior guerra travada pelos Estados Unidos neste momento é silenciosa. Uma crise de saúde pública que começou no final dos anos 90, com a venda de remédios à base de opioides.
Em um primeiro olhar, é como se fossem milhares de pessoas vagando pelas ruas. Sem a alma, numa roleta russa… prestes a morrer depois de apenas um trago.
A epidemia, agora, é o Fentanil. E dois miligramas são capazes de matar.
Os repórteres Felipe Santana e Lucas Louis viajaram o país – de comunidades rurais a grandes cidades – e mostram como essa nova epidemia tem tomado conta das ruas. Uma tragédia que, segundo os especialistas, começou dentro dos consultórios médicos.
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Fantástico: Dr. Albert, como é que funciona o Fentanil no cérebro?
Albert: A molécula do Fentanil se acopla exatamente no receptor, tanto da dor quanto da respiração. Fantástico: E aí, o que que ela faz?
Albert: E aí, quando o receptor da dor é acoplado, na maioria dos casos, a dor some.
Fantástico: Depois que essa substância se acoplou a esses receptores da respiração, o sinal vai até o pulmão e o pulmão passa a funcionar mais devagar.
Albert: Bem mais devagar, até o que a gente chama de depressão respiratória e uma parada respiratória.
Fantástico: A pessoa para de respirar…
Albert: Para de respirar, parar de irrigar o coração, e o coração, já sem oxigênio, vai parar.
O Fentanil é usado legalmente há 60 anos nos hospitais como um anestésico para cirurgias. A indústria farmacêutica prometeu que os comprimidos acabariam com qualquer tipo de dor. Mas, na verdade, as pílulas produziram uma nação de viciados em drogas mais potentes e ilegais.
Obrigado Irmão Rubens por continuar na batalha. Forca!